
Royce Gracie: o vencedor do UFC 1 – The Beginning, em 1993.
Idealizado por Rorion Gracie, a fim de provar a superioridade do jiu-jítsu da sua família, foi criado o evento UFC (Ultimate Fighting Championship). Rickson Gracie, por ser o melhor lutador da familia e do mundo no momento, seria o representante natural, entretanto, desentendimentos pessoais entre os irmãos inviabilizaram tal acontecimento. Sendo assim, o lutador escolhido por Rorion para representar a superioridade do Gracie Jiu Jitsu não poderia ser outro: Royce Gracie, faixa-preta alto e magro, homem ideal para provar que a técnica podia superar a força.
Aconteceu então o esperado pelos Gracie: Royce, mesmo mais leve que todos os participantes, chegando a ter disparidades de 30 kg, venceu todos eles por finalização. Sagrou-se campeão do primeiro evento oficial do vale-tudo moderno, marcando uma época e chocando o mundo com a técnica do Gracie Jiu-Jitsu.
Nesse UFC 1, havia oito participantes de diversas modalidades de luta, por isso Royce fez três lutas na mesma noite.
Royce foi o membro da família que mais evidenciou a eficácia do Jiu-Jitsu nos ringues do MMA. No entanto, só uma especialidade não seria o suficiente para fazer grandes campeões, sendo necessário saber lutar em pé, boa formação em boxe, greco-romana, judô, entre outras habilidades. Com isso o grande campeão do UFC em suas primeiras edições passou a se ver obrigado a se adaptar aos novos requisitos: tinha que socar e chutar. A partir de então, Royce conheceu a derrota e se viu encurralado por lutadores não tão pesados como antes, mas, munidos de técnicas de defesa contra finalizações.
Mesmo após ter se aposentado, Royce Gracie continua sendo um ícone por ter representado o Jiu-Jitsu de sua família, fazendo desta arte marcial um dos requisitos básicos na formação de um atleta de MMA.
Questionado se acha que teria dificuldades caso, hipoteticamente, enfrentasse a atual geração, Royce foi enfático. "Você quer dizer que o Muhammad Ali não teria chance hoje? Que o Pelé não teria chance contra o Neymar? Eu queria é ver os caras de hoje lutarem como era antes. É muito difícil comparar tempos, mas ninguém luta hoje se não for do mesmo peso. Um quilo acima, e o rival não luta! Sem limite de tempo, com três lutas por noite, quero ver quem aguentaria", provocou ele, hoje aos 46 anos.

O desespero de uma professora: vereadores aprovam projeto que retira direitos, reduz salários, aumenta a carga horária e corta benefícios dos professores que ficarem doentes no exercício da profissão em Juazeiro do Norte, no Ceará, em 2013.
Fortes protestos marcaram a aprovação do Projeto de Lei, enviado pelo prefeito Raimundo Macedo (PMDB), que modifica o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos professores, com doze votos a favor e quatro contra o plano que reduz os salários dos professores da rede municipal em até 40%.
Somente Tarso Magno (PR), Glédson Bezerra (PTB), Rita Monteiro (PT do B ) e Cláudio Luz (PT) votaram contra o projeto, e a favor dos professores. Os vereadores João Borges (PRTB), Zé Ivan Leiteiro (PT do B ) e Mara Torres (MD) não estavam presentes na votação. Além disso, o vereador Cláudio Luz discutiu com o presidente da Câmara, Antônio de Lunga (PSC), que replicava dizendo “Quem manda na sessão sou eu, cale a boca”.
A já tumultuada sessão se agravou quando manifestantes tentaram entrar no Plenário e foram detidos por membros da Guarda Municipal e da Polícia Militar, que lançaram spray de pimenta nos manifestantes.
Os manifestantes, em sua maioria professores, gritavam para os vereadores“quadrilha”, “ladrões”, “bandidos”, “vendidos” e também jogaram moedas e cédulas de dinheiro na tentativa de“comprar” o apoio dos vereadores: “Vocês são comprados, queremos comprar vocês”.
Os vereadores de Juazeiro do Norte também aprovaram em 2013 a emenda que os concede três meses de recesso, totalizado três meses de férias por ano. Ao todo, usufruirão de 360 dias de folga durante todo o mandato. Além disso, em 2012, já haviam aprovado o aumento dos próprios salários de R$ 6,2 mil para R$ 10 mil.

A casa do cabo da polícia que recusou um milhão de reais de propina do traficante mais procurado do Rio de Janeiro, em 2011.
Em uma casa simples, de dois quartos, no subúrbio, que mora um dos PMs do grupo que recusou a propina de R$ 1 milhão oferecida em troca da liberdade do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha.
Para juntar tal quantia de dinheiro o cabo André Souza, de 39 anos, do Batalhão de Choque, teria que trabalhar 44 anos seguidos, sem gastar um centavo do salário — estimado em cerca de R$ 1.900 mensais. E que daria para comprar a casa própria que ele tanto sonha.
Órfão de mãe desde os 6 anos, Souza falava ainda criança que seria PM. Sonho que começou a se tornar realidade na portaria de prédio da Zona Sul, onde o então porteiro dividia as horas de trabalho com os estudos para o concurso.
Acostumado com o pouco ‘glamour’ da profissão, Souza só entendeu a dimensão de prender o traficante mais importante do Rio ao chegar no quartel. Recebido aos gritos de ‘parabéns’ e pela euforia da equipe, o militar disse que a maior recompensa é o reconhecimento da família e dos amigos. “Minha mulher ligou e disse que tem orgulho de mim, que sou o herói dela. Isso vale muito mais que R$ 1 milhão”.
Em uma casa simples, de dois quartos, no subúrbio, que mora um dos PMs do grupo que recusou a propina de R$ 1 milhão oferecida em troca da liberdade do traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha.
Para juntar tal quantia de dinheiro o cabo André Souza, de 39 anos, do Batalhão de Choque, teria que trabalhar 44 anos seguidos, sem gastar um centavo do salário — estimado em cerca de R$ 1.900 mensais. E que daria para comprar a casa própria que ele tanto sonha.
Órfão de mãe desde os 6 anos, Souza falava ainda criança que seria PM. Sonho que começou a se tornar realidade na portaria de prédio da Zona Sul, onde o então porteiro dividia as horas de trabalho com os estudos para o concurso.
Acostumado com o pouco ‘glamour’ da profissão, Souza só entendeu a dimensão de prender o traficante mais importante do Rio ao chegar no quartel. Recebido aos gritos de ‘parabéns’ e pela euforia da equipe, o militar disse que a maior recompensa é o reconhecimento da família e dos amigos. “Minha mulher ligou e disse que tem orgulho de mim, que sou o herói dela. Isso vale muito mais que R$ 1 milhão”.

Quando Lily (6 anos) era apenas um filhote, perdeu a visão devido uma rara condição que comprometeu seus olhos. As perspectivas de vida para Lily, após a remoção de seus olhos, não eram muito boas, segundo os veterinários.
Felizmente, Lily conheceu uma amiga e companheira também da raça Great Dane chamada Maddison (7 anos) que acabou se tornando seus olhos e ajudou em seu desenvolvimento por toda a vida. Para onde Lily ia, Maddison acompanhava guiando através de toques com a cabeça a direção que deveria andar.
A imagem, símbolo da amizade e companheirismo, ficou conhecida em 2011, tocando os amantes de animais com a história das amigas inseparáveis.

Um Adeus Inacabado: Napoleão Bonaparte Despede-se de Fiel e Intrépida Velha Guarda Imperial.
Ao fim da trágica campanha militar na Rússia (1812), o exército francês encontrava-se esfacelado e seu poder de defesa debilitado. Os inimigos europeus, pela primeira vez, encontravam-se na iniciativa – no encalço de Napoleão. Desejando evitar qualquer mal à pátria amada diante da gigantesca aliança militar inimiga, Napoleão abdicou e, melancolicamente, despediu-se de sua tão leal Velha Guarda Imperial, para viver seu suposto exílio em 1814. Inesperadamente, este simbólico episódio ainda comportaria um capítulo e, ao término deste (1815), nasceria uma nova era para a Europa – o fervoroso século XIX.
Em tela, a pintura "L'Adieux de Napoléon à la Garde Impériale das la cour du Cheval-Branc du Château de Fontainebleau" (O Adeus de Napoleão à Guarda Imperial no pátio do Cavalo Branco do Castelo de Fontainebleau), de Antoine Alphonse Montfort, que retrata o melancólico 20 de abril de 1814 francês, quando ocorreu a triste despedida de Napoleão e seus mais antigos camaradas.
Os oficiais representados na pintura são membros da Velha Guarda Imperial (mais antigos e experientes). Nota-se o lamento e a emoção dos velhos guerreiros. Em meio ao discurso de adeus, diz-se ter sido possível escutar "soluços" advindos das fileiras. A camaradagem entre Napoleão e seus soldados foi reconhecidamente fraterna – ao ponto de arrancar lágrimas daqueles homens tão endurecidos pela guerra. [ver discurso ao final]
Antes de invadir o Império Russo (1812), não havia dúvida da força ímpar que o exército francês representava – a família real portuguesa e imensa parte da corte, em 1808, fugiram para o Brasil apenas com o vulto de jovens recrutas franceses. Além de disciplinarmente treinado e bem estruturado, as tropas francesas eram comandadas por aquele já reputado como lenda militar, o próprio Bonaparte. Diversas coligações foram constituídas por Estados europeus na tentativa de frear a expansão francesa, mas nada parecia ser capaz de aplacá-la.
Sob a bandeira do império francês, a Guarda Imperial francesa marchou e timbrou seu nome como grandiosa unidade militar. Seu advento remonta a escolta pessoal de Napoleão em sua época de general (Napoleão tornou-se general aos 24 anos por mérito próprio). Com o decorrer dos anos cresceu significativamente: em 1805, abarcava 12 mil homens. Em 1814, mais de 100 mil soldados engrossavam suas disciplinadas fileiras. A Guarda, na prática, equivalia a um "exército de elite", pois replicava a maioria das unidades do exército ordinário.
Durante seu crescimento, foi dividida em três "seções": Jovem, Média e Velha Guarda. A Velha Guarda era a dos veteranos, os soldados há mais tempo sob o comando do comandante francês. O "exército de elite" percebia melhor remuneração e dispunha, invariavelmente, de equipamentos e alimento de maior qualidade.
Ser incorporado à Guarda era motivo de grande honra. Com os ventos da Revolução Francesa (1789), a meritocracia começou a ser exercida e exigia, costumeiramente, o cumprimento de pré-requisitos rígidos, como os de que os homens precisassem contar cinco anos de serviço e haver lutado com bravura em batalhas anteriores.
Após o advento da Revolução Francesa, a França passou por profundas reformas e, dentre as mais importantes, encontrava-se a pertinente ao seu exército. Fundamentado por fortes laços de lealdade à pátria e fraternidade entre os homens, o exército francês foi convertido em um "exército de cidadãos", tendo, como sua parte mais significativa a Guarda Imperial Francesa – o coração do exército.
Talvez, o traço mais marcante das modificações atenda pelo nome de nacionalismo. Este foi fomentado, sobretudo na Guarda Imperial, e gerou um divisor de águas na história: após as Guerras Napoleônicas, os Estados europeus, entre outros, objetivaram cada vez mais exacerbar a unidade nacional – fortalecer o sentimento de união e força entre os membros de uma mesma nação –, de modo que ao fim do mesmo século (XIX), as potências neocolonialistas viveram o tênue equilíbrio da "Paz Armada" ("1871"-1914), que desembocou tragicamente a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Em 1812, após uma série de gloriosos triunfos, como o de Austerlitz (1805), o Imperador autoproclamado finalmente seria derrotado: Napoleão objetivou "encerrar" definitivamente a longevidade do império dos Czar's. Apesar da vastidão e do inverno russo serem proibitivos, Napoleão marchou. 600 mil soldados teriam sido empregados na Invasão da Rússia – apenas 20 mil retornaram à França, famintos e enregelados.
Fruto de sua insaciável fome de poder e glória, Napoleão se lançou contra a Rússia e a cobiça saiu cara – o coração do seu exército (Guarda Imperial) foi arrancado. Adotando a tática da terra arrasada/seca, os russos forçaram os franceses a dar meia volta. O "general inverno" se encarregaria de cuidar das tropas que vestiam seus uniformes de verão. Inobstante, a escaramuça executada pelo cossacos ("cavaleiros leves") agravou a já desesperadora situação francesa – durante toda a campanha de retirada de Moscou, os cossacos hostilizaram os franceses aumentando a atmosfera de terror.
Dois anos após a retirada de Moscou, sem forças se defender e, principalmente, temendo as ações que seus vizinhos poderiam impor ao seu amado País, Napoleão abdicou em favor de seu filho (6 de abril de 1814). Em 20 de abril se despediu daqueles – Velha Guarda Imperial – que por mais de duas décadas liderou. Entretanto, em 18 de junho de 1815, nas proximidades de Waterloo, todos se reuniriam mais uma vez para marchar sob as ordens do comandante e enfrentar a derradeira Coligação Europeia – como leões, muitos tombaram rugindo.
Discurso de Napoleão aos oficiais da Velha Guarda Imperial:
"Soldados da minha Velha Guarda, venho apresentar-vos minhas despedidas. Durante vinte anos a fio, muitas e muitas vezes, deparei-me convosco, palmilhando o caminho da honra e da glória. Nos dias que correm, como também, nos dias de nossos sucessos, nunca deixastes de ser modelos de bravura e de lealdade.
Com homens de vossa estirpe, nossa causa não estaria perdida. Mas a guerra parecia interminável. Corríamos o risco iminente de um conflito civil. Isso ocorrendo, a França tornar-se-ia ainda mais infeliz. Eis por que sacrifiquei todos os meus interesses em prol dos interesses da pátria e me afasto.
Quanto a vós, meus amigos, continuastes servindo à França. Para ela estiveram voltados todos os meus pensamentos. Para ele convergirão sempre meus melhores anelos. Não deploreis meu infortúnio. Se aceito sobreviver-me é, ainda, para servir vossa glória. Pretendo escrever sobre os grandes feitos que empreendemos juntos. Adeus, filhos meus. Gostaria de estreitar-vos a todos junto ao meu coração. Que eu beije, pelo menos, a vossa bandeira!"
[neste momento, Napoleão beija a bandeira da França]
"Adeus, mais uma vez, meus velhos camaradas! Que este último ósculo perpasse vossos corações!".